CONFUNDIR-SE É UM ERRO. CONFUNDIR É PRECEITO DE TALENTO INCOMPREENDIDO.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CRÔNICA - O melhor caminho



Há muitos anos venho pedindo a Deus nas minhas orações que me mostre o caminho certo. Ele certamente já me respondeu desde a primeira vez que perguntei, porém só agora, anos depois, eu pareço começar a entender. Sendo Deus  a verdade e o caminho, sou eu a ilusão e a pergunta. Na verdade todos os caminhos têm seus atalhos para as ilusões. Essa nossa busca continua por aquele que julgamos ser o caminho é que nos desgasta. Essas perguntas seculares que movem a humanidade são as verdadeiras causadoras do melhor e do pior que há nos homens, pois o que nos move também nos imobiliza.

A confusão do que seria o certo e o errado destrói a poesia, promove a guerra, prolifera o ódio, alimenta o preconceito e entorpece a humanidade. Heróis e assassinos andam de mãos dadas. Caminhos diferentes se cruzam como se os atalhos fossem a ameixa do bolo. A gente se martiriza à toa, porque não existe caminho certo e caminho errado. Existe simplesmente “caminhos”, os quais seguimos de acordo como nosso ritmo, necessidade e experiência. O caminho certo é aquele que eu sigo porque quero e não porque me é imposto, é a comida que quero comer gordurosa ou não. É a música que escuto. É a profissão que escolho, lucrativa ou não. O caminho certo é poder fazer minhas escolhas e vivenciá-las sem censura e sem frescura.  É o amor que quero viver com direito a todas as suas surpresas. É o animal de estimação que está na minha casa porque me faz feliz. É rir ou chorar quando eu quiser sem ter que dá explicações. É tomar banho de chuva mesmo me arriscando a ficar doente. É o filme que eu vejo mil vezes e não me canso. O caminho certo é pode ser isso, aquilo e mais aquilo outro.

Não existe um caminho certo, nem caminhos errados. Enquanto vivos sigamos cada qual na sua estrada. Porque cada um sabe o que busca e o que precisa. Cada um sabe onde fica o calo que provoca a dor e o ponto G do prazer. O sorriso é livre e a lágrima também. Somos naturalmente diferentes, pois nenhuma célula se repete na multiplicação. E assim a vida permite nossos encontros e desencontros, para que através deles a gente descubra a graça da vida. Viver é percorrer um caminho desconhecido. Morrer também o é. Sigamos em paz o nosso caminho, sem medo e sem culpa. Quando em algum momento, em alguma esquina, alguém nos parar e perguntar: Qual o melhor caminho? Que  possamos responder convictos e aliviados: O melhor caminho é aquele que nos faz felizes.


Aninha Marques

1 Comentarios:

Mazes disse...

Sou fã dessa mulher.

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"Nunca houve no mundo duas opiniões iguais, nem dois fios de cabelo ou grãos. A qualidade mais universal é a diversidade." (Michel de Montaigne)
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