CONFUNDIR-SE É UM ERRO. CONFUNDIR É PRECEITO DE TALENTO INCOMPREENDIDO.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Confissões


As vezes, penso que nunca deveria ter saído do adestramento que me era imposto até meados do final da minha adolescência...

Eu era igual a todos. Ou melhor, a quase todos. E isso facilitava nas minhas relações interpessoais. Não que hoje eu não consiga me relacionar com os outros, mas, sinceramente, a lacuna formada pelo peso do ceticismo que carrego é maior que a minha antiga e suposta inocência. Hoje eu faço parte da minoria, e isso é complicado... Hoje eu faço parte daqueles que por azar do destino – destino... o que é isso? – pegaram um livro de filosofia, e assim como drogas se viciaram, e, então, começaram a aprender a questionar tudo que lhes cercam, do mais banal ao mais complexo, ou seja, uma interrogação sobre tudo e sobre todos. E com isso, essas pessoas, do qual faço parte, chegaram a conclusão, ou melhor, não chegaram a conclusão nenhuma, pois como Albert Einstein, e até o Dalai Lama, disse: "Não existe nada absoluto, tudo é relativo. Por isso devemos julgar de acordo com as circunstâncias." E, ainda, ter em mente que simplesmente acreditar em algo sem levantar uma indagação, meramente porque alguém disse, é uma tolice. Mas, também é uma tolice recreminar essa aparente ignorância.

Será que Epicteto estava certo ao afirmar que só a educação liberta? Entretanto, de qual educação ele estaria falando? Seria as dos intelectuais; essas que aprendemos nas instituições? Mas, será que essa educação sistemática realmente liberta, ou simplesmente aliena? Ora, é mais provavel que a segunda opção seja a mais coerente. Vivemos, e somos, alimentados a todo o momento por falsos caprichos, e por que não dizer falsos moralismos. Estamos a mercê de um sistema que nos manipula e que nos induz ao consumismo, a crenças, e ao mais alto degrau de desigualdades...
Ou será que ele estaria falando da educacão assistemática, essa que aprendemos de acordo com a nossa cultura e valores famíliares?
 Porém, será que essa educação realmente liberta de alguma coisa? Afinal, de acordo com ela, somos encabrestados a permanecer estatualizados em uma “ideologia” abstrata e sem perspectiva de novos conhecimentos.

Desta forma, pressuponho que de uma forma de outra a pluralidade do conceito de educação e, sobetudo, liberdade, vai bem além do que posso imaginar. Por isso, meus nobres, assim como George Orwell disse, e eu para ter uma posição reafirmo: “Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.” Completo ainda dizendo o que Massino Bontempelli disse: “A verdadeira liberdade é um ato puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão.

...Pode ser até engraçado, mas o meu mundo, desde que arranquei o cabresto, gira em torno da relatividade e das pertinentes interrogações que insistem em me acompanhar.
Contudo, se pensam que estou arrependido, digo-lhes que não. Acredito que essa opção de seguir em meio aos caminhos das incertezas, de certa forma me consola e me deixa extasiado. E se me sinto só? Respondo que sim, mas só as vezes. Pois como já foi dito acima: “Devemos aprender a sentir-no livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão.”

A normalidade, meus caros, como sempre digo, é uma ilusão boba e estéril.
 
Elmo da Vinci Zaratustra

17 Comentarios:

Gigante Colorado disse...

Obrigada pela visita, viu???
Que bom que gostou do blog!!!

Gostei bastante do seu!!! ;)
Estou seguindo, viu???

Beijooo ;*

Unknown disse...

O que é ser normal?
Acho que a frase final do seu texto diz tudo..
É uma ilusão. Apenas isto!
Gostei muito do que escreveu e me identifiquei.
Parabéns!

Caroll Maturana disse...

Bem inspirado o seu texto e concordo plenamente!
Gostei do blog!
Abrçs

D. Delarge disse...

meu velho, voce capricho... muito bom... sobre tudo no que se diz da educação.... não concordo muito .. rsrsr... mas, me abstenho, pois uma discussão dessa, numa pagina de blog... nunca que sera suficiente... embora, concorde com tudo que Nietzsche diz sobre educação...

Anônimo disse...

Belas palavras! O que é Normal?
Seria, estar dentro das regras de uma sociedade tola. Talvez seja por isso que, o que é normal em alguns lugares não é normal em outros....

Admito que, é normal tentarmos nos adaptar, nos encaixar, fazer parte de um grupo. Afinal, vivemos pensando o quão “normal” somos, e o quão diferente somos também.

Mas como em toda comparação, é necessário se ter uma base, um padrão para se comparar.

Então a real pergunta aqui é: Quem ou o quê define o que é normal?

Seria, o que aparece nas revistas FACES, velhas ou afins? O normal seria parecer uma boneca de porcelana, perfeitinha, chata?

Bem, para não acabar sendo chata, termino este recado com o meu real ponto de vista sobre, o que é normal?

Para mim, a única coisa normal no mundo, é o caos. O resto é tudo uma ilusão boba e estéril, como vc disse na frase.

Vie disse...

legal o seu blog. boa sorte com ele.

http://meisiegedig.blogspot.com/

Cangaceiro Samurai disse...

mt bom seu blog e o textos mt legal mesmo sucesso...




http://ocantinhodoyondaime.blogspot.com/

:) disse...

boa sorte com ele +1
http://oiglam.blogspot.com/ segue tbn?

Pedro disse...

Bastante pertinente sua crônica. Deixa no ar um questionamento bastante interessante sobre o que é liberdade, educação, e normalidade.

Mazes disse...

Muito bom! Muito bom mesmo!

Boas perguntas, ótimas respostas.

Igor Basílio disse...

Excelente texto. Ser "normal" não tem graça, devemos agir de acordo com o que queremos independente da opinião alheia. Viver e ser feliz é o mais importante.

blogattao disse...

muito bom o texto, parabéns

http://blogattao.blogspot.com/

Anônimo disse...

Para mim não existe tal coisa como a normalidade. Para nós, podemos até ser normais, mas os outros nunca irão concordar com essa opnião.
O seu texto me lembra meu pai, que também viciou em livros de filosofia e é um eterno questionador. Mas acho que ele o fez em demasia já que parou de fazer as coisas "fúteis" por ser tão inteligente para isso....eu acho que tudo demais faz mal, de qualquer forma.
Eu não sei se posso me julgar amante da filosofia, mas me interesso por ela e fiquei maravilhada com um pouco de cada filosofo que foi me dado pelo Mundo de Sofia.
Adorei seu blog e suas palavras, parabéns por escrever tão bem.

E se quiser algo para ler:
http://tacadesabedoria.blogspot.com/

Gabriel disse...

Que texto maravilhoso, eu adoro ler textos assim, com conteudo!
Parabens, seu texto está muuito bom. Voce escreve com a alma!
Parabens!

jonas Urubu disse...

que denso isso, sentir que estar atado aos rigores da subserviência da adolescência era ainda assim o melhor caminho. Texto bem escrito, bem encorpado, sem ser açucarado... muito bom

Davi Costa disse...

Muito legal seu blog!

dá uma olhada no meu, ve se curte!

http://www.214d.blogspot.com/

abrçs

Alex Santos disse...

hum...gosto de textos assim, que nos fazem pensar.Depois da uma passada no meu e vê o que acha.vlw mano

Postar um comentário

"Nunca houve no mundo duas opiniões iguais, nem dois fios de cabelo ou grãos. A qualidade mais universal é a diversidade." (Michel de Montaigne)
.
Defenda sua opnião