Sabe o pierrot-retrocesso? O de "Faz parte do meu show", do Cazuza? Já parou pra pensar o que/quem seria o pierrot-retrocesso? Bem, a primeira coisa que me vem a cabeça é o personagem da Commedia dell'Arte, o pierrot apaixonado pela Colombina chorando de amores, aquela imagem de uma fantasia de carnaval com uma lágrima no rosto, trocado pelo Arlequim.
Mas, e o pierrot-retrocesso? O que Cazuza quis dizer, hã? Levando em consideração as caraterísticas do personagem, que é tido como inocente, fácil de enganar, louco, sonhador e mesmo sendo passado pra trás, ele continua a confiar nas pessoas. E a leitura de outras letras de Cazuza, como em "Não Amo Ninguém", quando ele diz: "Se todo alguém que ama/ Ama pra ser correspondido/ Se todo alguém que eu amo/ É como amar a lua inacessível/ É que eu não amo ninguém/ Não amo ninguém/ Eu não amo ninguém, parece incrível/ Não amo ninguém/ E é só amor que eu respiro." Eu fico pensando nas semelhanças do eu-Cazuza e do eu-Pierrot, ambos não eram correspondidos. Esta aí, o pierrot-retrocesso! Apesar de nunca se dar bem no amor, sempre sofrer, chorar, sentir essa dor nada miúda nesse "vão entre as costelas", como diria Adélia Prado, ele esquece. Esquece tudo que passou, volta ao início(retrocede) e ama de novo e de novo e de novo. Sabe o que é mais ridículo? No mundo, em pleno século XXI, em que amar é tão brega, ainda existem pierrot(s)-retrocesso e tão "Exagerados" quão Cazuza. Droga! =T
Isabela Cabral
7 Comentarios:
eu tenho pena de Cazuza pelo seu aprrofundamento no mundo das drogas
pe lamentavél
visite http://adolescente-antenado.blogspot.com/
Eu tenho muito deste Pierrot-retrocesso..
Sempre esquece do que passou de ruim... e amo de novo!
Gostei da lógica que usou para desmistificar o termo!
;D
Ótimo post, quase me fez gostar de Cazuza. Huahuahua.
EU sou muito pierrot-retrocesso...hahaha é a vida
gostei muito do post ^^
Ótima crônica!
E belissimo o blog!
adorei o blog, ta muito lindo. parabèns.
visite o meu, vou deixar um selinho pra vc.
beijos : http://www.swllkiwi.blogspot.com/
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"Nunca houve no mundo duas opiniões iguais, nem dois fios de cabelo ou grãos. A qualidade mais universal é a diversidade." (Michel de Montaigne)
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