CONFUNDIR-SE É UM ERRO. CONFUNDIR É PRECEITO DE TALENTO INCOMPREENDIDO.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O homem ainda é o mesmo cabaço de outrora II



Daqui, sentadinho nesse tamburete, com uma indolência descomedida ( ressaca ), depois de tudo vivido, já visto, escutado...
Gastando o cocoruto com os mais cabulosos e nefastos mistérios do sentimentalismo hormonal.

Conflitei-me:

-Não, não pode ser! tudo isso não é por causa daquela mulher! ou é?... é ou num é, é ou num é, é ou num é?...

Após muitas interrogações e reticências concordei-me:

Enfim, somos hoje uma suma, um suco de lembranças daquela época doce, a age fifteen das paixões novelares e de amores grandiosos merecedores de minisséries.


-Ah! meus 15 anos! Preenche - me com tua natureza donzela e tabacuda.

Este canalha que nesta hora de saudosismo que aqui vos redige, deseja voltar a ser o mesmo romântico chorador, contador de lamúrias ao amigo, quer ficar nervoso antes do chamar a dama para uma dança na Duque de Caxias, quer ouvir Mastruz com Leite -( Baião de dois) e pensar de olhinhos fechados com semblante sorridente na sua neguinha, quer ver rir a boca da abelha que o beija, não quer pensar em dinheiro, carro, futebol... não quer saber de mais porra nenhuma!

(Os "teens - ficadores" não sabem do que estou falando)

-Só queria um bom e velho sarro com o amor de oitava série.

Saudades da era mais shakesperiana da escola, ou talvez, a era mais shakesperiana de toda a vida.

Nesse desabafo de um homem raparigo, pretendo esclarecer que nossas atitudes varonis de cabra safado não passam de celeumas instintivos, probleminhas sentimentais psicosomáticos, resquícios da não capacidade de gerir uma relação.

E o que hoje me resta?

apenas a certeza de que dois corpos não querem apenas SEXO.


Samuel Tenório

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"Nunca houve no mundo duas opiniões iguais, nem dois fios de cabelo ou grãos. A qualidade mais universal é a diversidade." (Michel de Montaigne)
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